domingo, 25 de agosto de 2013

ENEM

Guia de estudos: confira 10 temas essenciais de Português

Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo
Para conseguir resultados satisfatórios em português nos grandes vestibulares, o estudantes devem ter conhecimentos de semântica, figuras de linguagem e dos movimentos literários romantismo, realismo e modernismo. O UOL consultou professores sobre os dez conteúdos dessa disciplina que mais caem nos exames.

Semântica
o significado das palavras em contexto Esse é o nono roteiro de uma série que traz o guia de estudos de uma disciplina por dia.
"É um assunto que cai bastante, porque ajuda o aluno a compreender o texto", diz Liliane Negrão, professora de português da Oficina do Estudante. 
É possível cair perguntas específicas sobre o significado de determinadas palavras, segundo Vivian D'Angelo Carrera, do cursinho do XI. Ela afirma que o vestibular da Fuvest costuma realizar essa prática e alerta que "pegadinhas" de semântica também são corriqueiras. 
"Pronomes e conjunções são aqueles elementos que fazem a construção de um texto", diz Carrera. "O que cai todos os anos nos vestibulares é pronome relativo".

Para Negrão, esse tema também está bem associado à redação, porque ajuda a tornar mais clara a produção textual. 
Segundo Negrão, da Oficina do Estudante, as figuras de linguagem podem ser utilizadas como ferramenta para compreender o texto. "A ironia, por exemplo, se o aluno perceber que ela está sendo usada, ele sabe que a mensagem é o oposto daquilo que está sendo expresso", diz.
A professora acrescenta que o recurso pode ser cobrado para analisar o estilo de uma determinada obra literária, escola ou época. "Por meio das figuras de linguagem, o aluno pode identificar o autor, o estilo, o momento histórico, político ou cultural", analisa.
Carrera, do XI, lembra que é possível que exames como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) perguntem o nome da figura de linguagem. Já vestibulares tradicionais geralmente pedem qual é o efeito de tais recursos expressivos. 
"É comum que eles coloquem uma poesia, notícia, por exemplo. O aluno tem que saber o gênero textual. A poesia tem uma proposta, a charge outra [quebra a expectativa]", diz Carrera. "É necessário, dessa forma, conhecimento prévio". 
Ter esse domínio pode ajudar na hora da leitura da coletânea de textos que geralmente aparece nas provas de redação. "Sempre tem um trecho com uma imagem, algum gráfico e texto padrão", diz Negrão. "Isso é para avaliar se o estudante compreende diversos tipos de texto, do verbal ao não-verbal [charge, fotografia, escultura, pintura]". 
Negrão acredita que o tema é associado à elaboração da redação. "O aluno tem que ter domínio sobre tudo dentro da linguagem padrão e compreender quais são os sentidos que estão por trás de determinado tempo verbal", diz.
Para a Fuvest, a professora Vivian Carreira, do XI, aconselha o aluno a estudar o pretérito mais-que-perfeito e o imperativo, que segundo ela cai todos os anos.

  • É essencial para a interpretação de um texto, principalmente na hora de analisar as alternativas de determinada pergunta. "Nada mais é do que a reescrita. Nas questões vão ter palavras diferentes, mas que traduzem a mesma ideia", diz Carrera.
    Paráfrase ou tradução de sentido
Contudo, a professora Liliane Negrão afirma que a paráfrase "pobre" em uma redação, por exemplo, da coletânea de textos é mal vista, por ser uma mera mudança por sinônimos.
Os estudantes devem conhecer bem os aspectos estruturais que norteiam as dez classes gramaticais e ter noção de que seis dessas são flexionadas em número, gênero, grau, pessoa, tempo, voz, modo e/ou aspecto.
Na construção do texto, a professora do cursinho do XI lembra que os vestibulares costumam tratar bastante de paralelismo.

Literatura

Para Augusta Aparecida Barbosa, professora de literatura do cursinho do XI, além de ler os livros pedidos pelos vestibulares, pode ser interessante que o aluno conheça outras obras dos autores solicitados.
"A Fuvest e a Unicamp não vão fazer perguntas fora dos livros, mas é bom que ele tenha lido outras obras do autor como referência", diz. "Do José de Alencar, por exemplo, é pedido Til, mas o aluno pode conhecer Senhora, Iracema". 
Os romances desse período tentavam atender aos anseios da burguesia de aparecer nos romances. "A burguesia quer estar nos romances e para isso tenta resgatar os heróis medievais e a religiosidade. Há muito sentimentalismo e nacionalismo também", comenta Augusta.
Período associado ao cientificismo do final do século 19. "Essa é a época que a ciência ganha certo peso, e os artistas vão querer se posicionar diante da sociedade como se fossem cientistas, observando, apontando defeitos e propondo soluções", diz a professora do XI. 
O aluno deve entender que o modernismo surge em um momento de entreguerras. "Os artistas vão mostrar esse mundo que está se rompendo, se esfacelando. Propõem, então, uma estrutura estética diferente. O poema em verso agora em versos livres, formato de triângulo, de espiral", conta Augusta. "O modernista tem tanta liberdade que pode até retomar os versos em redondilha". 

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